Sou diferente!? De quê!? (Malaquias 3.18)

Leitura Básica:

“Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve” (Malaquias 3.18)

Leitura Complementar:

“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mateus 24.12-13)

“Vós tendes dito: Inútil é servir a Deus; que nos aproveita termos cuidado em guardar os seus preceitos, e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam (...) Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve” (Malaquias 3.14,15,18)

“E a meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o impuro e o puro” (Ezequiel 44.23)

“(...) e se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles” (Jeremias 15.19)

Bem, amados, em dias de guerra, de fome, de desordem, de crise econômica, de apego às coisas materiais, de individualidade extrema, de perda do valor da vida. Dias esses onde vândalos fazem arruaças pelas ruas de São Paulo e ficam impunes; dias em que índios são queimados por engano, quando os assassinos pensavam ser ele um mendigo; dias, sim, em que jovens matam e são mortos por causa de uma brincadeira, de um namoro que talvez fosse acabar no dia seguinte, dada a falta de compromisso; dias esses em que pais matam filhos, esquecem dentro do carro, arremessam de uma janela, jogam em latas de lixo, em terrenos baldios para (se derem muita sorte) alguém os achar (talvez vivos); sim, amados, dias em que os filhos se levantam para matar pais, para roubá-los, para acusá-los de repreensão em um conselho. Dias difíceis! Dias cruéis!

E, é exatamente em um desses dias que eu estou escrevendo aqui sobre algo que vai completamente de encontro com o comportamento do homem atualmente: servir a Deus! A Bíblia é o maior exemplo de contracultura que vemos em qualquer época da sua existência.

Porém, ser cristão não tem sido o documento de identificação da pessoa diferente!

Muitos cristãos tem sido iguais, senão piores do que os não-cristãos que vemos ao nosso redor. Quero chamar a sua atenção para o texto básico, onde Deus diz ao povo que em um dado momento se verá a diferença entre o justo e o ímpio, entre o que serve e o que não serve a Deus!

Hoje, você falar que é cristão não é mais motivo para ser respeitado como uma pessoa correta, mas, isso não pela sua pessoa, mas por atos de alguns cristãos que têm manchado o Nome de Cristo em frente aos não-cristãos.

No final dos tempos, diz a Palavra, o amor de muitos se esfriará, e temos visto o cumprimento dessa profecia em nossos dias; não-cristãos perderem o amor é até aceitável, mas o triste é vermos que cristãos têm perdido o seu amor, a sua santidade, a sua pureza, a preciosidade da obediência à Palavra de Deus.

Observe em você! Qual o testemunho de Cristo que você tem dado!?

Quero chamar a sua atenção para a Palavra que nos chama para sermos boca de Deus na terra, mas que, para isso, precisamos apartar, separar, desligar, discernir entre, fazer diferença entre o precioso e o vil.

Ei, há uma grande diferença entre aquilo que é PRECIOSO e aquilo que é VIL!

Existe uma música da banda “Casting Crowns” (link nos meus favoritos) que diz o seguinte (extraindo a idéia): “É decadente, quando o preto e o branco se tornam em cinza”. O que eles querem dizer com isso? Que, quando as coisas se tornam cinzas não consegue-se mais diferenciar o que é preto e o que é branco; ou seja, quando o amor se esfria, quando o mundo diz que algo é normal, quando o pecado é tido por normal e cristãos o olham como a sociedade o apresenta, temos aí um problema: o branco (precioso) se junta ao preto (vil) e se torna cinza na mentalidade humana!

O que nós, cristãos temos feito!? O que você, filho de Deus, tem feito!?

Não estamos aqui para brincar! Não estamos nesse mundo para passear, a Bíblia diz que somos representantes do reino de Deus aqui na terra, embaixadores, uma parte do reino aqui e agora (2 Coríntios 5.20)!

Desculpe-me, amado, se tenho sido duro, mas não sou eu, é a Palavra que é dura! E nós nada podemos contra a verdade, senão pela verdade (2 Coríntios 13.8).

O Pr. Josué Gonçalves, em uma convenção de pastores da igreja em que congrego, disse: “Perdeu-se o senso de radicalidade do Evangelho”! Onde estão os cristãos que antes eram chamados de loucos? Onde se esconderam aqueles que davam a cara a bater pela causa de Cristo (aliás, davam o corpo à morte – Fp 1.20)? Ou mesmo onde estão aqueles que não temem homens, governos e poderes e que enfrentam até mesmo a fornalha por não aceitar que as coisas se tornem cinzas?

Ei, temos perdido a noção da radicalidade do Evangelho de Cristo! Perdemos a essência da pureza e da santificação!

Cristãos que compram itens piratas, que não devolvem o troco que lhe foi dado a mais, que dizem que vão pagar e não pagam, que roubam a Deus nos dízimos e nas ofertas, que dizem uma “mentirinha de nada”, que omitem verdades (não mentem, apenas omitem), que na igreja é de uma forma e em casa ou na rua é completamente diferente!

Quem é você!? Quem sou eu!?

Veremos a diferença entre o que serve a Deus e o que não serve!

Cristo em nós, fogo para a vida!